A Gênese kardequiana

Primeiramente, o que se espera é um processo lento e gradativo que não ocorrerá em instantes, pelo menos em nossa escala temporal. Tais mudanças devem ocorrer no sentido moral e possuir um caráter universal. Não apenas um povo ou certa região do globo, mas todo o planeta Terra estará sujeito a este processo. Deus em sua sabedoria infinita determinou Leis para o funcionamento do universo e entre elas encontra-se a Lei de Progresso, na qual todos os seres estão destinados à processos evolutivos.

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Sobre a tolerância

Um exame minucioso nos processos naturais nos permite enxergar a tolerância em todas as obras divinas. Conforme elucida Emmanuel, Espírito mentor de Francisco Cândido Xavier, em sua obra Pensamento e Vida, capítulo 25, tudo na ordem do mundo está a suportar continuamente o fardo alheio.
Diante da vida atribulada em que vivemos, as necessidades pessoais quase sempre se mostram mais importantes do que as coletivas. E se dermos vazão a essa lógica, o egoísmo poderá abafar a presença da tolerância.

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O Espírito e o Tempo

Em primeiro plano, Herculano coloca o horizonte tribal, espécie primitiva de relação do mundo corpóreo com o extra físico. Os fenômenos apresentam-se de tal ordem que os seres humanos à época da pré-história criam em emanações místicas provenientes de objetos, animais ou até mesmo plantas. Tratava-se de uma carência de entendimento naquilo que se manifestava, havia o entendimento de ser uma força misteriosa, mas por outro lado já se compreendia que tais forças eram Espíritos, ou seja, serem desmaterializados.

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Sobre os juízos

Porque temos tanta dificuldade em aceitar as pessoas como elas são? No campo da psicologia veremos a elucidação desta questão, pelo menos em parte, quando tomamos esse padrão mental do juízo como uma projeção. Quando alguém afirma que o outro é uma pessoa difícil, chata, cheia de defeitos, o que isso significa a respeito de si mesmo?
O problema desses juízos é se manifestarem como um comportamento infantil na vida adulta, são um entrave para a própria evolução do Espírito. Vemos esse tipo de conduta, esse tipo de juízo infantil em várias instâncias da sociedade, na família, nas escolas, no trabalho e na política.

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Estamos evoluindo?

A evolução segundo e teoria biológica da origem das espécies não possui em seu conceito nada que seja melhora, progresso, trata-se apenas de adaptar-se para sobreviver, entretanto, a palavra “evolução” também pode ser contextualizada quando nos referimos ao aspecto moral da vida humana. Nesse sentido evoluir significa alterar o nosso estado para um degrau superior de esclarecimento, de domínio da realidade, de deveres e responsabilidades.
As relações humanas podem ser analisadas sob o prisma de seu sucesso. Existe enorme diferença quando vemos grupos de pessoas interagindo com laços de afeto recíproco, de respeito, de auxílio, de aceitação e quando vemos o oposto, disputa, ressentimentos, inveja e violência.

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A Ciência da paz

A origem da palavra “paciência” está no latim “pati” que significa “aguentar”, “sofrer”. Também deriva do grego “pathe”, que significa “sentimento”. Zenão de Cítio, filósofo grego e fundador estoicismo, defendia a paciência como uma virtude humana. Para este pensador é a verdadeira ciência da paz, uma atitude consciente e racional diante dos acontecimentos nos quais não podemos controlar.
Um aspecto importante e que faz parte da paciência é a resistência que ela nos confere para não sucumbirmos. A mente por vezes nos engana, pode ser que não se contente em ter que esperar algum resultado e se desequilibre por exigir certo imediatismo.

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Sobre o ciúmes

As emoções humanas costumam ser um turbilhão desenfreado. A razão, faculdade do pensamento que se propõe a ser a governante dentro da mente humana não consegue explicar tudo, muito menos os nossos afetos. Seria perda de tempo então filosofarmos sobre o que se passa dentro de nós. Esse movimento analítico já não seria um erro? A resposta certamente não é tão simples, contudo, não podemos desistir de compreender ou pelo menos tentar explicar os fenômenos dos sentimentos que surgem sem serem convidados e, que por vezes confundem nossas ações.

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Sobre a dor

Porque sofremos a dores da alma como: a angústia, a tristeza, a mágoa, o medo a depressão, a culpa? Infelizmente elas não podem ser acalentadas como os dores do corpo através de analgésicos ou calmantes. Estão no nível da consciência e precisam ser tratadas então com as ferramentas adequadas.
As causas daquilo que se manifesta no interior só podem estar no mesmo âmago do ser. Assim, mesmo que soe desproporcional, cada um é o único responsável por suas dores. Não que sejamos tolos, não que seja uma forma simples de jogar a culpa naquele que sofre, mas analisando as afecções humanas, a origem de todo sentimento humano está nele mesmo e em mais nada.

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Recomeço

Dizem ser a morte a única certeza de que temos em vida. Isso nos diz que ela é somente a consequência natural de um processo. Morrer é parte da vida e não necessariamente o seu fim.
A vida orgânica como conhecemos, formada por células, tecidos, órgãos, sistemas, sociedades, tudo isso está numa realidade provisória. Mas estará a totalidade da existência sujeita às mesmas vicissitudes?
No Antigo Testamento, o Tetragrama Sagrado YHWH, utilizado como referência ao Deus de Israel, tem como significado “Eu sou aquele que é” ou “Eu sou o que sou”. Este exemplo teológico é de grande utilidade para racionalizarmos sobre o que é “ser”. Deus é imaterial, não é feito de um corpo orgânico, mas ele existe mesmo assim.

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Nós, os Espirituais

Em nosso cotidiano habitamos conscientemente em dois planos existenciais, que aliás possuem uma inegável interconexão, tratam-se da vida física e da vida moral. Diante de nós estão os objetos materiais do mundo, atestados pelos sentidos. Assim, ao vermos, ao tocarmos, ao ouvirmos, podemos dizer eis a coisa. Por outro lado, todas as nossas relações também se estruturam diante de valores morais, que determinam antes de qualquer experiência o certo e o errado, o bem e o mal.
Mas quem determina de fato o conceito puro do que é ético ou não? Onde se encontra a fronteira entre a ação livre e ação moralmente condicionada?

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