A Ciência da paz

A origem da palavra “paciência” está no latim “pati” que significa “aguentar”, “sofrer”. Também deriva do grego “pathe”, que significa “sentimento”. Zenão de Cítio, filósofo grego e fundador estoicismo, defendia a paciência como uma virtude humana. Para este pensador é a verdadeira ciência da paz, uma atitude consciente e racional diante dos acontecimentos nos quais não podemos controlar.
Um aspecto importante e que faz parte da paciência é a resistência que ela nos confere para não sucumbirmos. A mente por vezes nos engana, pode ser que não se contente em ter que esperar algum resultado e se desequilibre por exigir certo imediatismo.

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Sobre o ciúmes

As emoções humanas costumam ser um turbilhão desenfreado. A razão, faculdade do pensamento que se propõe a ser a governante dentro da mente humana não consegue explicar tudo, muito menos os nossos afetos. Seria perda de tempo então filosofarmos sobre o que se passa dentro de nós. Esse movimento analítico já não seria um erro? A resposta certamente não é tão simples, contudo, não podemos desistir de compreender ou pelo menos tentar explicar os fenômenos dos sentimentos que surgem sem serem convidados e, que por vezes confundem nossas ações.

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Sobre a dor

Porque sofremos a dores da alma como: a angústia, a tristeza, a mágoa, o medo a depressão, a culpa? Infelizmente elas não podem ser acalentadas como os dores do corpo através de analgésicos ou calmantes. Estão no nível da consciência e precisam ser tratadas então com as ferramentas adequadas.
As causas daquilo que se manifesta no interior só podem estar no mesmo âmago do ser. Assim, mesmo que soe desproporcional, cada um é o único responsável por suas dores. Não que sejamos tolos, não que seja uma forma simples de jogar a culpa naquele que sofre, mas analisando as afecções humanas, a origem de todo sentimento humano está nele mesmo e em mais nada.

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Recomeço

Dizem ser a morte a única certeza de que temos em vida. Isso nos diz que ela é somente a consequência natural de um processo. Morrer é parte da vida e não necessariamente o seu fim.
A vida orgânica como conhecemos, formada por células, tecidos, órgãos, sistemas, sociedades, tudo isso está numa realidade provisória. Mas estará a totalidade da existência sujeita às mesmas vicissitudes?
No Antigo Testamento, o Tetragrama Sagrado YHWH, utilizado como referência ao Deus de Israel, tem como significado “Eu sou aquele que é” ou “Eu sou o que sou”. Este exemplo teológico é de grande utilidade para racionalizarmos sobre o que é “ser”. Deus é imaterial, não é feito de um corpo orgânico, mas ele existe mesmo assim.

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