Prefácio Caminhos e Escolhas
O infinito amor de Deus para conosco se manifesta de diversas formas. Dentre as mais belas, está o direito ao livre-arbítrio.
Nós podemos ir aonde quisermos. A Lua já foi o limite e para o próximo século nosso destino será Marte, o planeta vermelho. Poderíamos ter ficado aqui na Terra, mas a curiosidade, a vontade de querer sempre mais, impulsionou-nos avante.
O que é a vontade senão uma força natural e incessante que nos leva ao descobrimento? Precisamos saber o que há nos confins do cosmos, mas precisamos muito mais saber: quem somos e quais os sentimentos e os desejos que habitam em nosso interior. Por isso, são célebres as palavras do filósofo grego Sócrates (469 a.C. – 399 a.C.): “Conheça a ti mesmo” e o ensinamento de Jesus (João 8:32): “E conhecereis a Verdade e ela vos libertará”.
A bênção de sermos seres racionais nos traz grandes responsabilidades. O futuro não está escrito, como muitos pensam. Pelo contrário, ele depende das escolhas que fizermos em nossas vidas. Os pensamentos e as atitudes se refletem no mundo material e o faz mudar, seja o astro pop que influencia a moda dos cabelos ou o professor de matemática que você nunca vai esquecer, porque ensinava muito bem.
A cada segundo somos impelidos a decidir sobre nossas ações, muitas delas aparentemente insignificantes. Às vezes, deixamos de falar com alguém que amamos, por vezes ferimos o próximo com palavras rudes. Muitas vezes somos negligentes em ajudar um irmão, como na Parábola do Bom Samaritano (Lucas 10:29-37). Certamente, não há quem possa determinar os caminhos alheios; sejamos apenas cientes de que a cada escolha mudamos o rumo de nossos destinos e de milhões a nossa volta.
Nesta obra, você vai se deparar com estórias fictícias, porém todas baseadas em fatos reais. Elas retratam situações específicas da vida de pessoas comuns, suas escolhas e as consequências decorrentes. Cada estória é acompanhada de um texto crônico ou crônico-reflexivo, para dialogarmos um pouco (sem julgamentos) sobre cada caso apresentado. Alguns capítulos foram construídos dentro de uma estrutura dissertativa, que foge um pouco à regra da maioria, contudo não deixam de dar sua contribuição para o conjunto da obra.
Difícil é para as personagens, desenvolver maturidade para trilhar bem os passos na existência. O livre-arbítrio tem seu preço e exige responsabilidades para dele usufruir. Deus nos concede inúmeras ferramentas para nos auxiliar em nossas próprias decisões, tratam-se das virtudes que temos que desenvolver: os sentimentos sublimes como o amor e a caridade e também, a firmeza da inteligência racional e emocional.
Paulo de Tarso afirmava: “Tudo é lícito, mas nem tudo me convém”. Tamanho poder em poucas palavras se manifesta quando entendemos quão importantes são as nossas escolhas.
Poderia eu ter escolhido não escrever esta obra, optei pelo oposto e por isso sei que vou afetar a vida das pessoas. Sinto imediatamente que há uma grande recompensa em tudo isso, principalmente porque, mesmo não o conhecendo caro leitor, sei que sua escolha em ler este livro já está mudando a minha vida. Muito obrigado e boa leitura!